Durante a minha busca por conhecer os mais diversos tipos de filmes, eu percebi que meu olhar para o cinema pode ser dividado entre antes e depois que conheci Krzysztof Kieslowski. A Liberdade é Azul foi o primeiro filme que vi do cineasta polonês em questão. Depois disso notei que existia um tipo de cinema que ia além de histórias bem contadas. Nessa época eu achava que o grande filme de arte que havia assistido era O Silêncio dos Inocentes - um belo filme sim e com direção segura de Jonathan Demme. Mas Kieslowski me brindou com um dos mais belos filmes que assisiti - A Liberdade é Azul e com uma cena que se tornou pra mim inigualável - do filme A Dupla Vida de Veronique. Coloquei abaixo os minutos finais de A Liberdade é Azul. Reparem bem no close que é dado no rosto da brilhante Juliette Binoche exatamente na última cena, pois é possível captar uma imagem dentro de seus olhos. E no outro filme A Dupla Vida de Veronique, a música aliada a imagem é o que compõe uma mistura que emociona e ao mesmo tempo nos deixa transtornados por estar diante de um cinema que não precisa de muito para se fazer perfeito. A música, aliás, é outro grande detalhe em todas as obras de Kieslowski.
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