Só descobri que este livro era um romance quando cheguei no fim. Gosto de livros assim, pois me remetem a vida real, onde não sabemos quem será nosso par na última página da nossa vida.
No vale de ossos secos é um livro intenso que se passa na monótona rotina de um homem de cinquenta anos, Ruy Dantas. O livro começa pelo fim, Ruy já com os seus 82 anos recebendo o prêmio Nobel de Literatura, mas o prêmio pode esperar, pois antes dele o personagem tem uma experiência incrível 30 anos antes.
Em meio ao tédio e a solidão, Ruy Dantas descobre que sua vida não é a vida que se espera de um homem de mais de 50 anos. Separado, com uma filha recém-casada, um emprego estável, Ruy acha que o tempo de ser feliz já expirou, começa a reunir arrependimentos, e a sentir-se necessidade de se aproximar da morte, afinal, não é ela que está vindo logo ali na frente?
Depois de várias canecas de café, Ruy é assolado por ideias inusitadas, decide cumprir três tarefas para ressuscitar o desejo de estar vivo. Ele não só cumpre as três tarefas, como são elas que definem o motivo de este senhor estar vivo.
Numa dessas tarefas, Ruy Dantas se envolve numa situação delicada. Ele acaba conhecendo uma criança com leucemia chamada Melinda e se comove, sua comoção e o destino o coloca no caminho da mãe da menina, Virgínia. Realmente tocado pela história, Ruy tenta fazer algo por elas, mas na minha opinião, a tristeza delas é que fizeram alguma coisa por ele.
Suas tarefas trazem à tona lembranças do passado numa sincronicidade perfeita. Com relatos da infância, contados em primeira pessoa, ficamos atraídos pela história de vida e consequência dela. Conseguimos até identificar nos capítulos escritos em primeira pessoa o crescimento do personagem, e seu amadurecimento em ordem cronológica.
Temos que dividir nossos corações entre presente e passado, pois somos instigados a entender o significado dos encontros acidentais de Ruy e Virgínia em cada tarefa.
Em um misto de crise existencial, questionamentos filosóficos, crítica a religião e medo da morte, torcemos não só que Ruy Dantas seja feliz como invejamos um pouco o romance com o qual se envolveu. Além de concordarmos inteiramente com o merecimento do prêmio Nobel anos depois.
O autor é brasileiro e psicólogo e em cada capítulo nos identificamos um pouco com a dura tarefa de ser feliz e não se arrepender de nada.
No vale de ossos secos é um livro intenso que se passa na monótona rotina de um homem de cinquenta anos, Ruy Dantas. O livro começa pelo fim, Ruy já com os seus 82 anos recebendo o prêmio Nobel de Literatura, mas o prêmio pode esperar, pois antes dele o personagem tem uma experiência incrível 30 anos antes.
Em meio ao tédio e a solidão, Ruy Dantas descobre que sua vida não é a vida que se espera de um homem de mais de 50 anos. Separado, com uma filha recém-casada, um emprego estável, Ruy acha que o tempo de ser feliz já expirou, começa a reunir arrependimentos, e a sentir-se necessidade de se aproximar da morte, afinal, não é ela que está vindo logo ali na frente?
Depois de várias canecas de café, Ruy é assolado por ideias inusitadas, decide cumprir três tarefas para ressuscitar o desejo de estar vivo. Ele não só cumpre as três tarefas, como são elas que definem o motivo de este senhor estar vivo.
Numa dessas tarefas, Ruy Dantas se envolve numa situação delicada. Ele acaba conhecendo uma criança com leucemia chamada Melinda e se comove, sua comoção e o destino o coloca no caminho da mãe da menina, Virgínia. Realmente tocado pela história, Ruy tenta fazer algo por elas, mas na minha opinião, a tristeza delas é que fizeram alguma coisa por ele.
Suas tarefas trazem à tona lembranças do passado numa sincronicidade perfeita. Com relatos da infância, contados em primeira pessoa, ficamos atraídos pela história de vida e consequência dela. Conseguimos até identificar nos capítulos escritos em primeira pessoa o crescimento do personagem, e seu amadurecimento em ordem cronológica.
Temos que dividir nossos corações entre presente e passado, pois somos instigados a entender o significado dos encontros acidentais de Ruy e Virgínia em cada tarefa.
Em um misto de crise existencial, questionamentos filosóficos, crítica a religião e medo da morte, torcemos não só que Ruy Dantas seja feliz como invejamos um pouco o romance com o qual se envolveu. Além de concordarmos inteiramente com o merecimento do prêmio Nobel anos depois.
O autor é brasileiro e psicólogo e em cada capítulo nos identificamos um pouco com a dura tarefa de ser feliz e não se arrepender de nada.
Vou ler teu livro pela instigante resenha. E depois se me permite, comento o que achar aqui. Abraço, Clelia Moraes
ResponderExcluirObrigado, Clélia! Fique a vontade quanto a quaisquer comentários que deseje fazer. Beijos!
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